Estive algum tempo esperando por esta coletânea, que intitulada "Third Wave Powerviolence" tinha tudo pra ser excelente, não é? Bem, não foi bem o que aconteceu. Não que o álbum seja ruim, mas pelo nome poderia ser bem melhor.
Tudo começa muito bem com o Kasatka, banda da Bélgica que toca um grindcore/fastcore com boas influências de powerviolence (mais visível nas músicas Tongue e Talking Walls), lembrando o Magrudergrind. Quem gostou da demo deles não vai se decepcionar com suas 7 músicas.
Depois vem o Krupskaya, banda inglesa que toca um grindcore mais moderninho, técnico e caótico, com bateria quase mecânica às vezes. Podem até ser bons músicos, mas pra mim, conseguem ser entediantes, mesmo com um som rápido. Não me agrada muito, mas julguem por si mesmos.
Em seguida, o Final Draft com apenas duas músicas mais hardcore, que já foi mais rápido e empolgante no seu 7" EP e no split com o Apathetic Youth. A gravação também não ajuda muito.
A quarta banda é o Human Waste, com um bom grindcore no estilo Insect Warfare. A banda, que foi formada das cinzas do Dos Amigos, recentemente lançou um split com o Your Enemy pela To Live a Lie.
Na sequência, os indonésios do SMG com seu grind/mincecore comparável a Agathocles e Unholy Grave, mas respeitando as devidas proporções. A banda apresenta músicas com gravações diferentes, algumas bem pobres, o que compromete a participação da banda na coletânea.
A partir da sexta banda as coisas voltam a melhorar e finalmente aparece algo mais powerviolence com o Hoy Pinoy. Porém são três músicas e nenhuma delas é novidade.
Depois vem o Jigsore Puzzle, ótima banda alemã, em um dos melhores momentos do CD que aparece com 7 curtas, divertidas e empolgantes canções. Tá na hora dessa banda lançar um full length.
Sem deixar cair o nível, o Bastardass manda 8 músicas do seu powerviolence brutal e destruidor. A banda é excelente, mas nenhuma das músicas é inédita.
Em seguida é a vez do Goner com um grindcore violentíssimo. 4 boas músicas.
Com os alemães do Henry Fonda o powerviolence é retomado em suas 6 músicas, mas mais uma vez, sem músicas novas.
Quem trouxe músicas novas foi a excelente e finada banda turca, Ultimate Blowup. Infelizmente são apenas duas músicas.
O Thousandswilldie volta com o grindcore e finaliza o álbum. Tem seus bons momentos, mas não gostei da banda.
Acho que uma coletânea com um nome como Third Wave Powerviolence poderia explorar mais o powerviolence e poderia dar lugar a boas bandas recentes do estilo, como Backslider, Abuse, Closure, Suffer, Vile Intent, Obacha, Elasticdeath, Have Fun, Prügelknabe, entre várias outras. Mas vale dar uma conferida. Foi lançado pela Fuck It, I Quit Records e pode ser ouvido e baixado pelo bandcamp deles.