terça-feira, 2 de julho de 2019

Lana Dagales

Seguindo o exemplo do Harsh, o Lana Dagales foi um duo baixo/bateria que tocava um intenso power violence, geralmente com músicas curtas e algumas mais experimentais e cadenciadas. Eles eram de Oakland, California, e não são muito lembrados. 

A banda teve sua estreia em 1999 com um EP em CDr lançado pela própria banda, que mais tarde ganhou uma versão em 7". Em 2001 participaram com uma faixa instrumental da compilação Short, Fast + Loud! Vol. #1, da Slap a Ham. Também marcaram presença com quatro faixas na coletânea Reality Part #4. 

Encerrando sua curta discografia, lançaram em 2004 talvez o seu álbum mais conhecido, o split LP/CD com o também duo Iron Lung, começando com uma faixa dando uma ideia de ir para um lado mais para o noise, mas mostrando grande intensidade e velocidade nas faixas seguintes. 

Junto com o pessoal do Iron Lung, o baixista e vocalista Greg Wilkinson do Lana Dagales, também fez parte do Pig Heart e Dead Language, esta incluindo o vocalista Andrew Beattie (No Comment, Low Threat Profile), e mais um pessoal tarimbado com passagem por Gas Chamber, Running For Cover, They Live e Walls. Greg ainda tocou no Brainoil e atualmente faz parte do Deathgrave.

Um fato curioso à respeito da banda é a presença do baterista Etay Levy, que veio de Israel, onde tocava com a banda Nekhei Naatza. Ele chegou a tocar em ensaios de alguma tentativa de Chris Dodge em formar uma nova banda após o Spazz, que em seguida resultou no Burn Your Bridges, mas com Bob (Lack Of Interest) na bateria, como ele conta em seu blog (http://chrisdodgesounds.blogspot.com/).

Lana Dagales EP (1999)

Split LP with Iron Lung (2004)

Harsh

Voltando a postar depois de um longo hiato devido a motivos de câncer e falta de ânimo, mas vamos lá com um texto que tava pronto aqui há um tempo à espera de vontade.

O Harsh foi provavelmente a primeira e uma das únicas bandas da Finlândia a tocar um som mais voltado para o power violence. Seu primeiro EP foi lançado em 1996 pela Six Weeks Records marcado por um som rápido e direto, próximo ao fastcore com algumas cadenciadas, lembrando algo como Infest. Por conta da sonoridade da banda manter-se nesse estilo, acredito que seu álbum seguinte foi na coletânea Cream of The Crap 10", de 1997, com Cause For Effect, Epäjärjestys e Contradict, na qual participam com seis faixas.

Em seguida, no split com o Crude B.E., também de 1997, a banda voltou-se mais para o power violence, com som mais complexo, quebrado e arrastado, sem a presença da guitarra, indo mais de encontro com a sonoridade do Man Is The Bastard. 

Depois, em 1998, vieram os split com o Senseless Apocalypse do Japão, o 3-way split 10" com Short Hate Temper e Quill e o EP Implants, mantendo a mesma ideia sonora bruta e dispensando a guitarra, coisa que acredito apenas o Man Is The Bastard havia feito no power violence até então.

Ainda tiveram mais rápidas participações em compilações como Bllleeeeaaauuurrrrgghhh! - A Music War EP, de 1998, da Slap a Ham e no tributo ao Cripple Bastards, Falafel Grind, até que chegaram finalmente ao seu primeiro álbum full o CD Reality, de 2000, com 23 músicas do seu já tradicional som baixaria power violence.

Por fim, ainda tiveram em 2004 um split EP com o Control Mechanism, com sons previamente gravados em 2002, fechando sua interessante discografia, mostrando como se pode perfeitamente executar um som rápido e agressivo sem a necessidade de guitarras.

Harsh EP (1996)

Split EP with Crude B.E. (1997)

Split EP with Senseless Apocalypse

Implants EP (1998)

Split 10'' with Short Hate Temper and Quill (1998)

Reality CD (2000)

Split EP with Control Mechanism (2004)