Voltando a postar depois de um longo hiato devido a motivos de câncer e falta de ânimo, mas vamos lá com um texto que tava pronto aqui há um tempo à espera de vontade.
O Harsh foi provavelmente a primeira e uma das únicas bandas da Finlândia a tocar um som mais voltado para o power violence. Seu primeiro EP foi lançado em 1996 pela Six Weeks Records marcado por um som rápido e direto, próximo ao fastcore com algumas cadenciadas, lembrando algo como Infest. Por conta da sonoridade da banda manter-se nesse estilo, acredito que seu álbum seguinte foi na coletânea Cream of The Crap 10", de 1997, com Cause For Effect, Epäjärjestys e Contradict, na qual participam com seis faixas.
Em seguida, no split com o Crude B.E., também de 1997, a banda voltou-se mais para o power violence, com som mais complexo, quebrado e arrastado, sem a presença da guitarra, indo mais de encontro com a sonoridade do Man Is The Bastard.
Depois, em 1998, vieram os split com o Senseless Apocalypse do Japão, o 3-way split 10" com Short Hate Temper e Quill e o EP Implants, mantendo a mesma ideia sonora bruta e dispensando a guitarra, coisa que acredito apenas o Man Is The Bastard havia feito no power violence até então.
Ainda tiveram mais rápidas participações em compilações como Bllleeeeaaauuurrrrgghhh! - A Music War EP, de 1998, da Slap a Ham e no tributo ao Cripple Bastards, Falafel Grind, até que chegaram finalmente ao seu primeiro álbum full o CD Reality, de 2000, com 23 músicas do seu já tradicional som baixaria power violence.
Por fim, ainda tiveram em 2004 um split EP com o Control Mechanism, com sons previamente gravados em 2002, fechando sua interessante discografia, mostrando como se pode perfeitamente executar um som rápido e agressivo sem a necessidade de guitarras.
Harsh EP (1996)
Split EP with Crude B.E. (1997)
Split EP with Senseless Apocalypse
Implants EP (1998)
Split 10'' with Short Hate Temper and Quill (1998)
Reality CD (2000)
Split EP with Control Mechanism (2004)