Finalmente a terceira e última parte da minha lista. Espero que gostem.
Sick Machine - Suicide Pill
O Sick Machine é mais uma prova da qualidade das bandas de power violence australianas. No início de 2015 eles já haviam lançado o Muzzled, mas foi no Suicide Pill que mostraram do que realmente são capazes. Power violence grosseiro, negativo e sombrio para os órfãos do Suffer. A gravação sem qualidade refinada, que parece feita diretamente de um ensaio só contribui para o tipo de som que a banda faz, mostrando mais fielmente a sua essência.
Sickmark - II EP
Meu satanás do céu, que disquinho mais viciante! Se teve um disco deste ano que não conseguia parar de ouvir, foi este segundo EP do Sickmark, banda alemã que faz um power violence mais do que brutal combinando o peso e a intensidade do Sea of Shit com vocais que remetem ao Spazz. Incrível como letras tão negativas e cheias de ódio podem nos empolgar tanto, não é mesmo?
Sin Orden - Ha Llegado El Momento EP
O Sin Orden, de Chicago, é uma das tantas bandas americanas com integrantes de origem latina e que cantam em espanhol. Em 2015 eles resolveram lançar um EP e não brincaram em serviço! A banda está mais violenta e rápida do que nunca, fazendo um hardcore poderoso com os habituais vocais agressivos a lá Los Crudos com letras politizadas principalmente em espanhol. Supimpa!
SPM - Self Titled
Suicide Pact Music, é um power violence com alguma influência de youth crew e, como o nome já deve sugerir, com letras um tanto quanto negativas.
The Afternoon Gentlemen - Self Titled LP
Segundo LP da máquina de destruição em massa britânica The Afternoon Gentlemen, com integrantes do Warboys e Gets Worse, que já conta com inúmeros EPs e splits na carreira, vários lançados pela própria banda. Eles são uma das grandes referências no que diz respeito ao grindcore misturado com o power violence, chamado por alguns de grindviolence. Em 2015 também lançaram um split LP com o Lycanthrophy.
The Coneheads - Selected Ringtones
Umas das novas bandas que têm tido lugar frequente em minhas playlists é o Coneheads. O jovem trio de Indiana toca um punk rock remetendo a um Devo alucinado, com insanos vocais robóticos, guitarra limpa cheia de riffs e solos minimalistas, bateria frenética e um baixo contagiante formando uma mistura altamente viciante. Eles já tem algumas fitas lançadas, sendo a Selected Ringtones de 2015.
The Flex - Don't Bother With The Outside World EP
Banda de Leeds relativamente nova, formada por integrantes do Closure, Violent Reaction e Perspex Flesh e já com diversos EPs lançados. Eles fazem um som bruto lembrando algo do hardcore oitentista de Boston com New York.
To The Point - Sidetracked Split EP
Nessas minhas listas de melhores do ano algumas bandas já tem um lugar reservado. O To The Point pode-se considerar uma delas. A banda, que é meio que uma extensão do Lack Of Interest, tanto que 3/4 tocam ou tocaram nesta banda e com os vocais urrados de Chris Dodge, e intercalando partes rapidíssimas com outras mais arrastadas . Considero uma das melhores bandas atuais dentro do power violence. Já o Sidetracked, ativo desde o início dos anos 2000, apresenta seis músicas de um fastcore urgente, preciso e quebrado, mantendo muito bem o nível do disquinho.
Torsö - Sono Pronto a Morire LP
Esta banda tem integrantes da Califórnia e Itália - o que justifica o nome da banda e do álbum - com passagens pelo Punch, Holy, Neo Cons, e Ritual Control. Eles tocam um hardcore punk com uma pegada d-beat, agressivos vocais femininos berrados e letras à respeito de feminismo e veganismo.
Vaaska - Todos Contra Todos LP
D-beat do Texas com integrantes do Hatred Surge, Criaturas, Deskonocidos e Impalers. Eles chegam ao seu segundo LP com 11 músicas executadas com intensidade e perfeição e com destaque para excepcionais vocais em espanhol. Sensacional!!
Vile Intent - Machine Into Flesh Cassete
Após alguns EPs, o Vile Intent, do Canadá, chega ao seu primeiro full length, lançado originalmente em cassete pela própria banda com previsão de sair no formato de LP. Com espaço para mais músicas, aumenta-se a possibilidade delas soarem repetitivas, mas acredito que não seja o caso nestas 17 músicas, ao menos para quem já esteja acostumado com o estilo da banda. Aqui, o Vile Intent segue com o seu característico power violence cheio de quebras de ritmo, sludge e um hardcore furioso com letras críticas e negativas à respeito da humanidade e, neste registro em especial, tratando dos impacto da tecnologia em nossas vidas. Um grande álbum que mantém a chama do power violence acesa.
Violent Arrest - Life Inside The Western Bloc CD
O Violent Arrest é uma banda mais do que competente composta por veteranos com passagens por Heresy e Ripcord. Não chega a velocidade do clássico hardcore britânico dos anos 80, mas executam um excelente e muito competente hardcore punk.